OS QUATROS CAVALEIROS DO APOCALIPSE


OS QUATROS CAVALEIROS DO APOCALIPSE

TEXTO: 6.1-8.
Os quatro primeiros selos que serão abertos se apresentam mediante quatro cavalos com seus cavaleiros. Para simbolizar os diferentes agentes usados na execução dos juízos divinos, utilizam-se diferentes cores para os cavalos. (cavalo na Bíblia é símbolo de força).
E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer.
            Existem muitas divergências entre os comentaristas quanto à representação do cavalo branco e seu cavaleiro, vistos no presente texto. Ele não trazia coroa, recebeu-a depois e saiu como um conquistador determinado a vencer. Alguns estudiosos, opinam que, este primeiro cavaleiro é o Anticristo e o ditador universal, implantando no mundo uma falsa paz (1 Ts 5.3); outros acham que o cavaleiro aqui mencionado é o Evangelho em sua conquista final, seqüenciada pela “coroa da vitória”; e ainda outros opinam que seja a mesma pessoa do capítulo 19, sendo aqui, porém o início da visão.
            A apresentação do próprio anticristo será como de um homem de paz. O fato curioso que se destaca é que esse cavaleiro virá sobre um cavalo, simbolizando a paz. É notório que ele tem um arco, mas não tem setas, o qual também representa a paz. Tão enganosa é a sua aparência que existem muitos que crêem que aqui se fala do Senhor Jesus. Mas o cavaleiro desse cavalo branco é diferente do cavaleiro do capítulo 19 de Apocalipse. No capítulo 6 de Apocalipse está escrito acerca do anticristo que lhe foi dada uma coroa, mas, em contrapartida, o que se diz acerca do Senhor é que sobre a sua cabeça havia muitos diademas. Ao Senhor dos senhores e Reis não tem que se “dar” uma coroa, pois Ele tem em sua cabeça muitos diademas.
Contraste entre os cavaleiros dos capítulos 6 e 19:
o primeiro é visto na terra; o segundo no céu:
o primeiro tinha um arco na mão; o segundo tinha uma espada na boca:
o primeiro recebe uma coroa; o segundo trazia consigo muitos diademas:
o primeiro é visto sozinho; o segundo é visto acompanhado de um exército:
o primeiro selo fala de um cavalo branco; o capítulo 19 de muitos cavalos brancos:
o primeiro cavaleiro é anônimo; o segundo cavaleiro tem quatro nomes: (1) Fiel; (2) Verdadeiro; (3) a Palavra de Deus; (4) o nome misterioso:
o primeiro cavaleiro é visto logo no início da Grande Tribulação. Observa-se que somente está em comum a cor dos cavalos, no mais, tudo é contraste.
E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.
2. E saiu outro cavalo, Vermelho. Neste julgamento o anticristo logo revela o seu verdadeiro caráter. A cor branca, símbolo da paz, torna-se vermelha, símbolo de violência e sangue. O cavaleiro que levava o arco sem setas agora tem uma grande espada. Este cavaleiro conduzirá as nações à guerra. Muitos têm opinado que este cavaleiro representa o governo comunista, pelo fato de que ele semeia terror no mundo. Ele procura armar-se mais do que todas as nações e seu símbolo nacional é a cor vermelha. Apesar de tudo, o comunismo na forma que se tem manifestado não preenche todos os requisitos para cumprir essa profecia em sua totalidade; porém, pode-se destacar que ele tem o espírito do anticristo, como têm tido também as nações e os reinos representados por homens perversos como Júlio César, Napoleão, Hitler, Stalin e outros.
E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.
         3. A conseqüência da guerra, que aparentemente continua de alguma forma durante todo o período, é a fome, especialmente nas áreas em que o conflito devastou as colheitas. Um dia de trabalho valia um denário (Moeda romana de prata, que era o pagamento por um dia de trabalho Mt 20:2 RA; RC, dinheiro). Tinha o mesmo valor da DRACMA (2).
Aproximadamente 16 centavos de dólar. Uma medida de trigo seria suficiente para apenas uma refeição. Quem comprasse cevada poderia adquirir três litros, o suficiente para três refeições, mas não teria com que comprar azeite, vinho e outros produtos básicos. O quadro é de fome geral. O caráter sombrio e mortal da desnutrição é simbolizado pela cor do cavalo. Na simbologia profética, a balança fala de: (1) racionalização dos alimentos de primeira necessidade; (2) fala de desequilíbrio que certamente haverá durante o reinado cruel da Besta. Em período de escassez, os comestíveis precisam ser pesados com extremo rigor. A figura espectral da fome levará na mão do cavaleiro uma balança vazia. 
E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.
         4. Este cavaleiro tem por nome Morte e seu acompanhante é o inferno. Pelo fato de este lugar ser a morada dos mortos, os que falecem, devido a esse juízo, serão conduzidos para lá. A parte mais surpreendente da profecia, no entanto, é que a morte e o inferno recebem autoridade sobre um quarto da população da Terra, e os instrumentos da mortandade incluirão espada e fome, mencionados nos selos anteriores, mas também a peste e as feras do nosso planeta.  Amarelo pode ser traduzido como “pálido” ou "verde”, o qual representa a cor de um cadáver. O quadro representado pelo reinado do anticristo agora se torna claríssimo. É espantoso! Por todo o lado haverá guerras, fomes, pestilências e cadáveres abandonados. A putrefação e pestes resultantes, ocasionando mortandade, se estenderão. As feras da terra perderão seu temor natural ao homem, estarão sob o controle do anticristo, o inimigo perverso, e atormentarão os homens. Devido a este juízo morrerá a quarta parte dos habitantes da terra.

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