O QUE SÃO OU REPRESENTAM OS QUATRO ANIMAIS SIMBÓLICOS?
Ap 4. 6-8.
E diante do trono havia algo parecido com um mar de vidro, claro como cristal.No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás. O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi, o terceiro tinha rosto como de homem, o quarto parecia uma águia em vôo. Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: “Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir”.
Estes seres sobrenaturais são sempre citados em conexão com o trono de Deus (Ez 1 e 10). Nas passagens dos capítulos (1 e 10) de Ezequiel eles são chamados de “Querubins”. A palavra “querubim” significa guardar, cobrir ou celestial. São vistos pela primeira vez, ao lado oriental do Jardim do Éden, guardando “o caminho da árvore da vida” (Gn 3.24). Sobre o propiciatório (a tampa da arca), eram contemplados dois querubins de ouro (Êx 25.17-22). As bordaduras das cortinas do tabernáculo eram figuras de querubins (Êx 25.18). O véu que fazia “separação entre o santuário e o lugar santíssimo” era bordado com figuras de querubins em alto relevo (Êx 26. 31,33). Deus habita entre os querubins e deles faz sua carruagem (Sl 18.10 e 80.1). Os querubins contemplados aqui por João, fazem a “Guarda Celeste” do trono de Deus (Ap 4.6,9; 5.13-14).
Esses seres viventes simbolizam os atributos judiciais e a autoridade de Deus. São apresentados como possuidores de perfeita sabedoria. Proclamam a santidade daquele que está assentado no trono e adoram ao Criador.
Simbolicamente, no rosto dos seres viventes, Cristo é apresentado como Rei, Servo, Homem e Deus:
Leão, onipotência e majestade;
Bezerro, serviço em favor dos homens;
Homem, inteligência e compaixão;
Águia, visão penetrante e ação repentina.
Consideramos também o paralelo entre os quatro seres viventes com a ênfase que se faz a cada evangelho:
Leão, monarquia e reino de Cristo (Mateus);
Bezerro, serviço de Cristo (Marcos);
Homem, humanidade de Cristo (Lucas);
Águia voando, divindade de Cristo (João).
Os seres viventes são apresentados como tendo “seis asas...” O número das asas evidentemente é baseado na descrição do trecho de Is 6.2; que fala sobre os serafins. Seu vôo, na missão determinada por Deus, é um vôo poderoso e rápido. Essas asas também representam o governo de Deus em movimento, a fim de ser obtido o mais alto ideal possível. Fica assim simbolizado o vôo até aos mais elevados mistérios de Deus, bem como o desenvolvimento decisivo de grande desenvolvimento espiritual, para que os homens se ocupem da mesma forma de serviço dos seres viventes.
Provavelmente, os anjos de seis asas devem ser considerados como os mais elevados e poderosos entre eles.
Os seres viventes são apresentados como “cheios de olhos...” os olhos representam o governo onisciente da providência divina, imanente na vida do mundo, consciente por todos os lados. A absoluta visão circundante corresponde a uma absoluta visão interior, que, expressa a concentração contemplativa e a unidade da onisciência.
Pela sua posição aqui “no meio do trono, e à volta do trono” (v.6), eles são como que oficiais de gabinete de Deus, pois ministram junto ao seu trono. O número quatro talvez indique que eles têm relação com a restauração da terra, cujo número simbólico é 4.

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