A DESTRUIÇÃO DE BABILÔNIA TRARÁ A RESTAURAÇÃO DE ISRAEL

A DESTRUIÇÃO DE BABILÔNIA TRARÁ A RESTAURAÇÃO DE ISRAEL
Agora, a partir do capítulo 14 de Isaías, Deus acrescenta um pedaço adicional ao quebra-cabeça. Quando Babilônia for destruída, será o tempo em que Deus restaurará aquele que é chamado de seu povo Israel: “Porque o Senhor se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e o porá na sua própria terra; e ajuntar-se-ão com ele os estranhos e se achegarão à casa de Jacó. 2E os povos os receberão e os levarão aos seus lugares, e a casa de Israel possuirá esses povos por servos e servas, na terra do Senhor; e cativarão aqueles que os cativaram e dominarão os seus opressores.” 14.1,2.
Vocês saberão quando Babilônia for destruída, porque esta destruição sinalizará a restauração de Israel, não somente como a volta para casa de um pequeno grupo que foi disperso, mas ainda como uma nação poderosa que governará as outras nações, que uma vez os fizeram cativos.
A QUEDA DE BABILÔNIA AINDA NÃO SE CUMPRIU
Desde o dia que Isaías escreveu estas palavras até os nossos dias, nada desta profecia ainda se cumpriu. Cem anos após Isaías havê-las escrito, Babilônia era o maior poder existente na face da terra. Nabucodonosor governava então. Um pouco depois, caiu sob o ataque de Ciro, o rei do Império Mado-Persa, mas a cidade não foi destruída, pois se tornou uma das capitais do império invasor. Daniel continuou vivendo na cidade. Muitos anos depois, o líder de outro império que sobrepujou os medo-persas, Alexandre, o Grande, morreu na cidade de Babilônia, durante uma reconstrução, que visava torná-la a capital oriental do Império Grego. Embora escrevesse sobre eventos ocorridos pouco tempo antes do nascimento de Jesus, o historiador Josefo afirmou haver 50 mil judeus que ainda moravam em Babilônia.
No livro de Atos, capítulo 2, no dia de Pentecostes, alguns dos judeus haviam ido a Jerusalém para a celebração daquela festa eram originários da Mesopotâmia. Eles eram descendentes daqueles judeus levados para o cativeiro babilônico. A cena encerra-se temporariamente, quando o Novo Testamento termina. Entretanto, por volta do ano 1.000 d.C., um viajante judeu chamado Benjamim de Tudela viajou para o Oriente. Ele deixou um relatório escrito que foi preservado. Dessa maneira, sabemos os lugares por onde ele andou. Ele registra haver estado me Babilônia. Sabemos disso porque menciona o nome de outra cidade que visitou, distante dela cerca de 11 quilômetros. Este viajante também registrou que havia 7.000 judeus ainda morando em Babilônia, e que prestou culto na sinagoga de Daniel, ainda no local.
Esta cidade sai novamente de cena para ressurgir no começo do século 20. O arqueólogo alemão Robert Koldewey explorou as ruínas de Babilônia. Ele registra que dentro dos antigos muros existiam três vilarejos. Ele morou num deles durante as escavações. É certo que Babilônia perdeu muito de seu poder e importância, mas nunca foi destruída da maneira como Deus descreve que será. No dia do Senhor, quando com sinais sobrenaturais dos céus, como Sodoma e Gomorra, ela será totalmente aniquilada, de tal sorte que ninguém viverá lá por gerações, por um curto período de tempo ou mesmo para apenas passar a noite. E será destruída quando Deus trouxer de volta seu povo escolhido para a Terra da Promessa, a fim de que governe sobre as nações. A destruição de Babilônia aguarda eventos que ainda ocorrerão no futuro, eventos que estão associados à segunda vinda de Jesus Cristo.
O livro do profeta Isaías tem muito a dizer sobre Babilônia. No entanto, ele foi escrito quando esta nação era insignificante no cenário mundial. Agora, volte a sua atenção para Jeremias 50. Nos capítulos 1 a 45, o profeta Jeremias escreve ao povo de Judá e relata como eles serão julgados.
Então, nos capítulos 46 a 51, ele volta sua atenção para as nações vizinhas e também afirma que Deus irá julgá-los da mesma maneira como julgou o seu povo. No entanto, o fato mais interessante é que quase metade deste trecho do livro, em que Jeremias fala das nações vizinhas, é dedicada a uma única nação, ou seja, a Babilônia (Caps. 50,51).
“Palavra que falou o Senhor contra a Babilônia, contra a terra dos caldeus, por Jeremias, o profeta (...) Porque subiu contra ela uma nação do Norte, que fará da sua terra uma solidão, e não haverá quem habite nela; desde os homens até os animais fugiram e se foram.” (Jr 50.1,3). O profeta Jeremias disse que uma nação viria destruir Babilônia. Os babilônios atacaram vindo do norte. Assim, Deus está dizendo, em essência: “O que vocês fizeram ao meu povo, eu irei fazer a vocês. Eu farei com que vocês sejam atacados pelo norte.” Quando Babilônia for destruída, observe o que dizem os versículos 4 e 5: “Naqueles dias e naquele tempo, diz o Senhor, os filhos de Israel virão, eles e os filhos de Judá juntamente; andando e chorando, virão e buscarão ao Senhor, seu Deus. Pelo caminho de Sião perguntarão, para ali dirigirão o rosto; virão e se ajuntarão ao Senhor num concerto eterno, que nunca será esquecido.” Quando Babilônia for destruída, “naqueles dias, naquele tempo”, Deus irá trazer seu povo de volta à Terra da Promessa. Israel e Judá, todos os judeus. Mas Deus não estará apenas trazendo-os de volta espiritualmente. Eles irão se unir ao Senhor mediante uma aliança eterna.
Mais adiante, no versículo 20, Deus até mesmo diz que “naqueles dias e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão, porque perdoarei os que eu deixar de resto.” Israel e Judá serão levados de volta à terra, fisicamente, e se unirão num relacionamento espiritual com Deus.
Agora, para aqueles que conhecem a profecia bíblica, aqui vai uma pergunta: Quando Israel irá conhecer a Deus espiritualmente? O profeta Zacarias diz: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito (...) Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, contra o pecado e contra a impureza.” (Zc 12.10; 13.1). Quando Israel irá conhecer a Deus espiritualmente? Quando o Messias retornar.
Jeremias utiliza a mesma expressão “naqueles dias, naquele tempo” para referir-se ao momento em que o inimigo, Babilônia, será destruído por Deus. Assim, a destruição de Babilônia e a restauração de Israel estão ligadas de forma temporal, não somente pelo profeta Isaías, como também por Jeremias. Existe um último ponto em Jeremias que eu gostaria de mostrar-lhe. Quero mostrar-lhe o que Jeremias estava lendo durante sua “hora silenciosa”, na manhã do dia em que escreveu o capítulo 50 de seu livro. Leia Jeremias 50.39,40: “Por isso, habitarão nela as feras do deserto, com os animais bravos das ilhas; também habitarão nela os avestruzes; e nunca mais será povoada, nem será habitada de geração em geração. Como quando Deus transtornou a Sodoma e a Gomorra e aos seus vizinhos, diz o Senhor, assim ninguém habitará ali, nem morará nela filho de homem.”
O que Jeremias estava lendo naquela manhã, durante seu devocional? Is 13! Jeremias, ao escrever seu livro, cerca de 100 anos após Isaías, diz: Lembra-se da profecia de Isaías sobre Sodoma e Gomorra? Ela ainda não se cumpriu, mas irá cumprir-se. Deus ainda irá destruir Babilônia. Quando Ele o fizer, também trará seu povo de volta à terra e de volta a Ele. “Naquele tempo, eles terão seus pecados perdoados.”
Jeremias fez esta profecia quando o Império Babilônico estava no apogeu. Apenas algumas dezenas de anos mais tarde, Babilônia foi capturada por Ciro. A cidade não foi destruída, mas a nação deixou de existir. O Império Medo-Persa tomou seu lugar, e 50 mil judeus receberam permissão para retornar ao seu país muitos deles voltaram pensando que isso poderia ser o início da promessa de restauração divina, o “naquele tempo” que Deus havia predito. Eles voltaram para Israel esperando encontrar o Messias, mas em lugar disso, encontraram problemas, aflições, dificuldades, tristeza e inúmeras barreiras. Assim, o povo começou a questionar sobre o que estava acontecendo. Deus enviou dois profetas, Ageu e Zacarias, para encorajar a nação. O povo precisava manter-se ocupado, realizando o trabalho de Deus, e os profetas vieram para conclamá-lo a isso. Deus ainda estava desenvolvendo seu programa, apesar de parecer aos judeus que o plano estivesse demorando mais tempo do que eles esperavam.
Quero agora que você vá ao capítulo 5 de Zacarias. O profeta teve uma série de oito visões durante a noite, descritas nos capítulos 1 a 6 de seu livro. Os sonhos aconteceram obedecendo a um padrão de ordem e relatam o que Deus iria fazer como o povo de Israel, caminhando para o estabelecimento do reino de Deus aqui na terra. Gostaria que nos concentrássemos na penúltima das visões: “Saiu o anjo que falava comigo e me disse: Levanta, agora, os olhos e vê que é isto que sai. Eu perguntei: que é isto? Ele me respondeu: É um efa que sai. Disse ainda: Isto é a iniqüidade em toda a terra.” Zc 5.5,6. Aqui temos um barril pequeno voando em direção a Zacarias. E, quando o profeta olha para o barril, pergunta o que há dentro dele. Deus reponde que o barril está cheio de iniqüidade, impiedade e maldade.
O conteúdo maléfico deste barril está sendo mantido confinado com uma pesada tampa de chumbo. Preste atenção ao próximo versículo: “eis que foi levantada a tampa de chumbo”. Portanto, Deus retira a tampa, porque Ele estava prendendo a iniqüidade lá dentro. E Zacarias vê uma mulher sentada no interior do barril.
Bem, Ele não está dizendo que as mulheres são iníquas. O que Ele está mostrando aqui é a iniqüidade personificada como uma mulher. De fato, o anjo diz: “Isto é a impiedade” (v.8.
Esta mulher personificando o mal está sendo mantida presa no barril. Quando ela tentou sair, Zacarias relata: “E a lançou para o fundo do efa sobre cuja boca pôs o peso do chumbo.” Deus empurra a maldade de volta ao interior do barril. Ele não está permitindo que ela saia. A tampa é colocada de modo que ela é mantida sob vigilância.
Então Zacarias levanta os olhos e, vendo o barril sendo levado embora, pergunta: “Para onde levam elas o efa? Responderam-me: Para edificarem àquela mulher uma casa na terra de Sinear (Babilônia)” Zc 5.10,11. Algumas traduções mantêm o que o texto hebraico diz, ou seja, “para a terra de Sinear”; outras, porém, utilizam a palavra Babilônia. Onde vimos a terra de Sinear antes? Gn 10 2 11. Aquela terra onde a maldade e a insurreição contra Deus tiveram início. A impiedade está sendo levada de volta a Babilônia, para a terra de Sinear, a fim de “edificarem àquela mulher uma casa, e estando esta acabada, ela será posta ali em seu próprio lugar” (Zc 5.11).
O Império Babilônico caiu. Os judeus perguntavam se este era o cumprimento destas profecias de Isaías e Jeremias. Mas surge Zacarias dizendo um sonoro não: “(...) a impiedade ainda está sob vigilância (...).” Algum dia, ela será levada de volta à terra de Sinear e colocada em seu próprio lugar. Quando tudo estiver pronto, a impiedade habitará novamente naquela terra. As profecias precisam ser cumpridas, o que significa que Babilônia precisa voltar a existir algum dia no futuro.
Demos uma olhada em Babilônia através da História e vimos duas cidades: a cidade que cuspiu na face de Deus e a cidade que Ele escolheu. Historicamente, acidade do homem, Babilônia, destruiu a cidade de Deus, Jerusalém. Mas Deus nos diz que a história não termina assim. Muito tempo antes desses eventos ocorrerem, Isaías não somente profetizou a destruição de Jerusalém pelo invasor babilônico, como também profetizou a destruição de babilônia por Deus, no dia do Senhor, quando Deus irá restaurar seu povo. Cerca de 100 anos após a profecia de Isaías, Babilônia destruiu Jerusalém, mas Deus chamou o profeta Jeremias e disse: “Sim, é verdade. Mas isso não é o fim. Lembre-se da profecia de Isaías. Deus irá aniquilar Babilônia. E naqueles dias, naquele tempo, Ele irá restaurar seu povo escolhido, trazendo-o de volta à terra, perdoando seus pecados e cumprindo suas promessas para com Israel.”
Pouco tempo depois, Babilônia caiu diante de Ciro. Cinqüenta mil judeus retornaram ao lar com uma dúvida na mente: Seria aquilo o cumprimento das profecias de Deus? Mas Deus responde: “Não! Estou mantendo a impiedade sob vigilância,porém algum dia a impiedade habitará novamente a terra de Sinear. Estas profecias se cumprirão no devido tempo”.

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